tag:blogger.com,1999:blog-58141617937076746452024-03-05T12:02:27.365-08:00Entre café e cigarros.Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-21139163439901919482012-09-18T14:45:00.003-07:002012-09-18T14:45:43.443-07:00De todas as lamentações<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> </span></span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Vou movendo meus
dedos em contornos inexplorados, é uma sensação boa, atar uma pele quente a
outra, sentir o cheiro, ouvir os suspiros, sentir toda aquela força recíproca evidenciando
que os corpos explodem em prazer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> O habito, o
vicio e necessidade lhe rasga a alma como quem lhe quisera ver morto, e seu
corpo treme.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> Ainda estou
perdido, e a percepção disso é bruta, aquele aroma me impregnando de ponta a
ponta, me despertando sensações delicadas que dão indícios de atos passados,
dando-me certezas que eu realmente não fazia questão de ter. Mesmo embalado
naquele vaivém morto-vivo me deixo, perco-me nos lapsos de pensamentos que
outrora deixara pra traz.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> Uma hora ou
outra tuas mordidas ou lambidas me fazem aceitar que eu quero o que me dispõe,
que basta somente aquele momento e pronto, você me promete a calmaria e eu lhe
retribuo com essa tempestade negra. Talvez eu tenha que me molhar, sentir um
pouco mais de frio, para apreciar de forma merecida seu afago.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> - NÃO! Essa
atitude de estar sempre certo nem lhe pertence, isso é um detalhe de quem já sumiu
para além dos meus olhos, e que me foge a lembrança por força de vontade minha.
Eu tento não lembrar e às vezes até me esqueço.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eu sei que suas
palavras se mantiveram tão firmes quanto sua expressão fria fácil, era tudo que
me oferecia naquele momento, trechos de diálogos sem nexo, frios e tristes para
que se tornassem nostálgicos enfartos futuros escritos por mim.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Eu tenho
degustado amargo o desfrute frouxo da língua de outros que se entrelaçam as
pernas das histórias contadas sobre ele, sobre o nosso caso, meu e teu drama de
teatro mágico mexicano.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Depois de tanto,
temo o amanhecer e ainda não encontro uma paisagem firme que me dê à ideia de
que estou lúcido, que nossas histórias são tão reais quanto aos mosaicos dos
raios de sol me queimando o rosto fazendo secar a magoa. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> - Sim, elas
secam e esvaíram. Sentimos-nos renovados.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Não tente seguir
este mesmo caminho, não se pode viver a vida de amor, prazer ou ideais
fragmentados, não se pode sentir pela metade, viver pela metade jamais será
viver. Minha vontade de permanecer vivo, firme e feliz é do tamanho deste
espaço vazio que vocês um dia habitaram e que vou preenchendo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"> - Eu que fui
tanto, me pego pensando em quem agora sou (sem você). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Talvez seja só a
saudade arrastando meu coração, meu coração não mente, ele soa exatamente como
meu eu se sente quando penso em você.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;">
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">“Pela paz faça mais do que espera receber.”</span></span></div>
Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-31676332196770535092012-04-03T17:56:00.000-07:002012-04-03T17:56:00.626-07:00Aquarela de NÓS dois<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZv5jQFurYQdMXBUgbaupZtzoXJK8sugcoV7hxN2KG1cUmYP_zAKhucjlmVo9DNcPH-LObU3l1B0w6ljva6T7U1o_PDUuwKQ9_ESzhbZBY6UXqwCSit19LM3ciAF1Gcc5cqde03RKXUC4/s1600/DSC_0083.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZv5jQFurYQdMXBUgbaupZtzoXJK8sugcoV7hxN2KG1cUmYP_zAKhucjlmVo9DNcPH-LObU3l1B0w6ljva6T7U1o_PDUuwKQ9_ESzhbZBY6UXqwCSit19LM3ciAF1Gcc5cqde03RKXUC4/s320/DSC_0083.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Alegria cinza não tem graça.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Bonito isso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Também gostei.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- De onde tirou?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Acabei de pensar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- De que adianta esses amores coloridos, se de fato eles estão apenas nos papeis?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Deixar ao menos uma boa lembrança.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Não sei viver de lembranças.</span><!--[if gte vml 1]><v:shapetype
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Você tem ido devagar, devagar...<br />
a qualquer hora te perco de vista.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- Ou quem sabe os seus olhos apenas tem se fechado, e fechado. E mesmo que assim o for, acho que o sol sempre nasce de novo, não?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- E se a noite for longa, tão longa que nos envelheça, e da cabeça perca alguns ideais?<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- </span><span lang="PT-BR" style="background: white;">Novos nascerão, e pra quem espera com alegria a noite nunca é longa. Não há tempo que defina essa noite. E não há noite que resista á uma aurora, o nascer sutil e arrebatador do sol.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="background: white;">- Novos ideais</span><span class="apple-converted-space"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: #333333; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">?</span></span><span class="apple-converted-space"><span lang="PT-BR" style="color: #333333; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: ES;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><span class="apple-converted-space"><span lang="PT-BR" style="background: white; color: #333333; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">- </span></span><span lang="PT-BR">Sim, um novo conhecimento que até então não tinhamos ou não enxergávamos, uma nova perspectiva.</span><span lang="PT-BR"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Não podemos julgar o dia pela noite, e sendo noite ainda podemos tentar alcançar as estrelas, ficar na ponta dos pés e estender nossos braços, e com a mão tentar tocá-las.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Mas, não precisa ter medo, a natureza é muito sábia. Respeita o tempo, e ainda assim, pode nos surpreender com um sol da meia-noite.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Ou podemos esta sobre a linha de maior clarão, em que as noites são apenas detalhes pra dias tão iluminados.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="background: white;">- E se eu estiver tomando medo de altura, do sol, da noite, das estrelas?</span></div><div class="MsoNormal"><span style="background-color: white;">- Algumas reações são involuntárias, e cada vez mais vem soando necessárias?</span></div><div class="MsoNormal"><span style="background-color: white;">Meu coração e cérebro parecem estar em conflito.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="background: white;">- </span><span lang="PT-BR">Acho que isso é de você acreditar né. </span>É coisa pra quem consegue manter sua fé</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">Mas, todos os caminhos nos levam ao aprendizado, não há outra forma.</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">A diferença é O QUE aprendemos </span>Então, só precisamos estar atentos a isso.</div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR">- <span style="background: white; color: #333333;">"Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho”.</span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-79039728035067366192012-02-27T13:55:00.001-08:002012-02-27T14:05:16.856-08:00AGRIDOCE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHSLWb9tq-vN7RnLBgV8qWur9k1u257vC5MI9XBkuvTx6gH5i-0J18B6aXlkK9_ncLiyexOSuGv5DaJMXDsASY7LCgVfX66LgGJaWtRXG4vckACK8CoGtIQLLX30JGlXkCndRc_bD_6nY/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHSLWb9tq-vN7RnLBgV8qWur9k1u257vC5MI9XBkuvTx6gH5i-0J18B6aXlkK9_ncLiyexOSuGv5DaJMXDsASY7LCgVfX66LgGJaWtRXG4vckACK8CoGtIQLLX30JGlXkCndRc_bD_6nY/s320/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><br />
</span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><br />
</span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR">- Sabe, eu nunca tive muita paciência.<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Hoje ainda é segunda e me pergunto por que a sexta tarda tanto a chegar, me precipito pensando que dormir mais cedo ou trabalhar mais vai encurtar os dias e me fazer estar mais próximo daquele cheiro de bom dia, daquele afago no cabelo de boa noite, daquele pensamento perdido entre as paredes. Ouvir você ao telefone desenrolando histórias do nosso dia-a-dia nem se compara quando lhe pego levantando a sobrancelha caprichando naquele olhar de interesse infantil em nossos diálogos vampirescos maduros.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR">- Sabe aquele gosto de chocolate com eucalipto?<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Agora faz lembrar-me das noites meio sacanas, mas que ainda assim são tão boas quanto um bom primeiro encontro, aquele fogo que pega rápido e se adentra em lençóis suados e grunhidos largos, pausados e declinados a uma reação imediata de êxtase, aquele lapso de perda de memória e tempo, tempo descompassado e que passa de imediato, e quando volta ao momento se pega pensando que aqueles minutos na verdade foram horas e horas, e então nos tornamos campeões de um vaga competição de entretenimento duradouro.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Àquelas horas perdidas, a meia luz de um sol que tende a nascer alaranjado descobrindo entre as frestas da janela a imagem nua de quem ainda prolonga um relato abobado de histórias fictícias, daí se perde as falas trocando carícias depois da malícia antes que o sono venha nos buscar. Pensei por vezes naquele retrato meio obscuro, ficaria bem aquela imagem, ficaria guardado em pouco segredo sob aquele livro pesado de poemas que comprei depois do café que tomei pensando naquela imagem de olhares trocados e no que dizer em um próximo encontro. Mais meu telefone parou de tocar.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Compenso a vontade dessa imagem por momento com outras fotografias, esses estáticos dias de lembranças, dias em que capturo o tempo exato de quando estamos em sintoma de felicidade simples, basta um sorvete, uma pracinha, cachaça e limão, um som ligado, roupa no chão. Da pra lembrar o vento que esvoaça teu cabelo, enquanto chego bem próximo a você deixando que mais tarde ao admirar aquele retrato estático quase posso sentir mentalmente seu perfume daquele dia, ai em minha mente o teu sorriso tem som, tua boca tem gosto, o dia fica mais em vivo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR">-Sabe o que me fez apaixonar?<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Foi tímido, suave, meio descompassado, mas ainda assim era cheio de sentido ouvir você cantando Los Hermanos enquanto respirava em minha nuca aquela melodia cheia de bordões, ai eu pensei, “é bem aqui que quero estar”, esse pensamento tinha gosto de chocolate meio amargo, daquele potinho que não deixei sobra. Não existe meio termo em gostar, eu não gostei “disso” pelas metades, sou decidido quando lhe digo que pra mim tanto faz, desde que você esteja por aqui, não importa o sabor do sorvete, o filme em cartaz, se é dia ou noite, se é agora ou mais tarde, o que realmente me vale é poder apertar sua mão e sentir aquela força recíproca que serve pra evidenciar que ambos estamos realmente ali, que o mundo lá fora é só mais um detalhe a parte em nosso mundo particular. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Mas com o tempo vamos desleixando em alguns detalhes, as ligações vão se resumindo em pequenos diálogos noturnos dessa fatiga cotidiana, não se pode evitar o comodismo, mas bem que falta muito a tentar, tento deixar sem lógica as pequenas mutações que vêm ocorrendo a cada momento em que nos debatemos sujeitados a peculiar personalidade de cada um, algumas coisas ainda passaram por complexo demais para nosso intelecto tomar real dimensão de tudo, é ai que usamos a parte sentimental, deixamos as sensações fluírem sem precisar de <i>razão</i> ou <i>porque </i>delas estarem presentes ali. Venho freando-me quanto aos questionamentos constantes que lhe impunha, pois não quero sepultar o que ainda nem tive tempo de gerar e ver crescer o que poderia durar muito tempo, não tenha medo dessas dimensões por vocábulos, muito tempo não significa para sempre, mas mesmo assim ainda que no final sinta amargo que o que se estabeleceu foi pouco, haja mais tempo para desfrutar do que for possível, sem porém, sem medidas, apenas a vivência sem estágios pré estipulados. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR">- Me faz um favor?<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Acredite mais nas possibilidades, creia no que ainda não pode ver, mudanças são cabíveis a qualquer um, basta força de vontade, você pode me enviar uns quantos cigarros para me distrair, mas a cada trago o pulmão se arfa e o ar queima pesado pelas narinas, as vezes trago por odiar tua maneira de existir, logo em seguida te amo por não ter deixado de vir e me dado sorrisos fartos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Mas se for para ser assim, então apenas passe por mim, mas passe como um arrepio medonho, me faça contorcer, suspirar alto, faça minhas pernas ficarem tremulas e minha cabeça revirada, deixe meu coração em ataque cardíaco antes de partir, e quando enfim você se for eu terei marcas em meu corpo, algo que eu possa ver por mais algum tempo, passe por mim sem medo de ficar por um tempo se sentir-se à-vontade, lembre de deixar recordos, deixe algumas fotos sobre a mesa para que eu possa chorar de saudades, deixe as lembranças impregnadas por onde passamos juntos, mas quando for embora deixe meu coração, você não precisara mais dele, deixe junto ali um pouco mais de tempo, tempo suficiente para que eu possa ficar bem.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">“Nada vai me desanimar.”</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Eu sempre vou tentar um pouco mais sobre você, só os covardes não vão além. Exceto você, você não faz tipo covarde, mas também não o vejo indo além. Ainda estou esperando minha consciência apagar as marcas de sua boca da minha alma, apreendendo a lidar fácil com tudo isso como você aparenta ter nascido sabendo, não é justo que você vá e que algo seu não fique para traz fazendo com que você sinta a perda de maneira significativa.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Espero que você não me ache egoísta, que me perdoe por nestes momentos sentir desprezo por você, mas é o que tenho capacitado a me proteger, então por vários segundos enquanto aperto os olhos ardido eu lhe maldigo, “idiota insensível”.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Queria lhe ouvir chorar em meio a soluços, queria ver seus olhos avermelhados e brilhantes, sentir teu coração partido, tocar tua expressão triste enquanto lhe fito com minha face fria, eu choraria com você se me escancarasse seus medos surreais, queria juntar teus cacos e ensinar sobre tempestades que lavam a alma, e segurar tua mão mais forte enquanto escutamos o sussurro da calmaria nos avisando não haveria epitáfio neste pequeno capítulo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Eu me sinto fatigado e os pensamentos perdidos servem de alimento para a alma vazia, aquele sol do amanhecer não transpassa estas lacunas, não me iluminam os olhos, mais um ou duas ou quem sabe quantas pragas lhe rogo afim de que seu arrependimento seja contexto de um próximo parágrafo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Eu poderia esperar por você, mas minha paciência não condiz tanto com meu signo. E do mais, o que mudaria? Eu apenas me sentiria mais culpado por não sei o que, culpado e idiota, enquanto talvez você estivesse sorrindo por ai aos teus amigos deixando esvair de sua mente qualquer pensamento ligado a mim, me esquecendo aos poucos. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Veja pequeno, estou agora me arrumando para sair, alguém me pediu um abraço, eu estava sem animo e ainda não havia dado tempo para esse gesto, não pude entregá-lo por motivo qualquer, de certa forma estou me sentindo mais feliz que ontem por estar quebrando algumas regras que se estabelecem naturalmente, sou eu quem sempre faz questão de passar por todos os estágios de um pós-parto, mas hoje eu pretendo sair e ser a pessoa que você consegue enxergar além deste meu eu.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Estou lhe deixando por aqui, repousando em várias faces estáticas destas lembranças felizes, sob a forma de retratos que tirei e guardei no fundo da minha gaveta.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Não espere dias mais claros e pensamentos menos turvos, não espere pela tranqüilidade infinita, nem pela lógica do mundo, viva. Estes nossos pensamentos futuros podem nunca vir a acontecer.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"> </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">“Obrigado</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Por eu ter te amado</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 212.4pt;"><span lang="PT-BR">Com a fidelidade de um bicho amestrado</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Pelas vezes que eu chorei sem vontade</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Pra te impressionar, causar piedade.”</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><br />
<br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">Não</span> sou feito de acaso.</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="margin-left: 177.0pt; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-610806858538306972012-02-26T10:34:00.000-08:002012-02-26T10:34:36.198-08:00Abrigo de papel<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC5UBh42Vb1gn5OHJsJ6fu_ig3ZnVRinQsiQSLQQEjTixpDkhfzVSHgy3bWj0ssOUqoZbQu3-xwf0QRUGZJE13_QWx9b4Bk965_-NUFNOIM-yD8Ip6dH_SF3REyUB_YblzbM3iK8btib0/s1600/DSC_0001.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC5UBh42Vb1gn5OHJsJ6fu_ig3ZnVRinQsiQSLQQEjTixpDkhfzVSHgy3bWj0ssOUqoZbQu3-xwf0QRUGZJE13_QWx9b4Bk965_-NUFNOIM-yD8Ip6dH_SF3REyUB_YblzbM3iK8btib0/s320/DSC_0001.JPG" width="320" /></span></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sempre que aproximar-me de ti, e estender-lhe os braços para um abraço pesado de saudade, farei sabendo que teu calor e cheiro nostálgico já são reconhecidos pelo meu sistema sentimental a léguas de distância, é engraçado como podia senti-lo mesmo quando você não esta aqui fisicamente, teus artifícios naturais me remetem a duas linhas distintas de sensações controversas. E em primeiro momento, o tempo vai desacelerar E nada mais existirá se não aquele ato único, naquele instante imediato irei te amar como ao início daquele nosso primeiro café.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><i><span lang="PT-BR">- Com açúcar e muito afeto, por favor!?</span></i><span lang="PT-BR"> </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Traga quente se possível, o deixe esfriar gradativo como nossos planos. Ao final não sei quanta açúcar realmente ingeri, ou quanto vagarosamente esfriou nosso café, não sei quando a cama começou a permanecer arrumada por mais tempo, acho que foi quando comecei a fumar e a beber mais. Mas por fim o veio o fim, e agora me pego imaginando se você ainda é a mesma pessoa, se teus sapatos são os mesmos, se o cabelo esta arrumado, com quem você esta agora, se não com qualquer um que não seja eu?</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Sei que por um infinito de tempo incalculável vou sentir esse amor destruidor me arranhando das entranhas até todas minhas extremidades trêmulas, eu fico meio tanto quando penso nesse lance de começo de “tudo” a caráter de romance cinematográfico, ninguém nunca disse estar apaixonado por mim depois de me dizer o quanto meu tipo de amor era diferente do seu, acreditei que você realmente nunca se declinaria a mim de tal modo, sei que provavelmente fiquei arco-íris pela freqüência que devo ter mudado de cor quando da tua boca soava com mais exatidão a peculiaridade de todo aquele “enrola-enrola”. Mas isso tudo se perde em meados de qualquer outra coisa que me tire atenção daquele abraço terno, no momento seguinte a próxima cena seria quase tal um filme incolor, nada de arco-íris, ou açúcar, muito menos afeto, minha raiva por você estar tão perto e tão longe é maior que meu amor de momento, esse teu receio de me ferir com suas palavras mal colocadas, me destrói de fora pra dentro, minha face se fecha, meus olhos se turvam, e meus sorrisos estão acabam se escondendo atrás de sorrisos de outras pessoas. Nunca irei entender porque me pediu pra partir, mas meu respeito é maior que orgulho, de certa forma eu fui.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Já reparou nessas lágrimas?<o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não, não entenda que estou lamentando esse vazio que fica enquanto olho declinado da janela, as noites sempre são mais tristes do que de comum desde então, só estou desesperado com essa saudade que tarda a passar, se pelo menos tivesse ido e levado contigo não só a parte boa, mas também as partes ruins, te veria agora como meu herói favorito, infelizmente heróis não existem, real mesmo é algo que se chama determinação, realismo, estou sendo rígido comigo mesmo quando me obrigo a prometer ou a encenar pra mim com tanta veridicidade e por tantas vezes que acabarei não tento mais que rezar pedindo que esse amor morra em mim, minhas mentiras serão convicções, mentiras sinceras talvez realmente me interessam. Às vezes pareço ser outra pessoa, mas creio ser o teu reflexo ainda em mim, eu sei quem sou, por isso ainda tantas dúvidas.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Amor morre?<o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Olha esse relógio em um tiquetaquear infinito, parece que o tempo insiste em me manter acordado, meus olhos estão estatelados, já se vão umas quantas noites que insisto em pensar sobre um retorno de lugar nenhum, essa miragem insana dedicada a me fazer sentir com estomago embrulhado, eu sempre prefiro as borboletas, esses besouros na barriga me fazem querer vomitar. Aquele relógio velho parece deixar todo um mundo de lado, os conflitos vão se esvaecendo a cada baforada, meus planos futuros estão a brincar em meus dedos. Você soube durante todo esse tempo que amamos de formas diferentes e nunca me disse. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">-E eu? <o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">-Ainda estou tentando aprender sobre. <o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Será que a gente sentiu a mesma coisa? Estamos presos a pontos de vista diferentes.<o:p></o:p></span></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu sei que poderia te encontrar agora, mas me dedico simplesmente a pensar onde você esta, talvez na cama de alguém, talvez preso em uma fé cega de que estará em segurança nos braços de qualquer que seja. Mudar agora pra mim será indiferente, mas talvez tua parte sã ainda caiba pra felicidade de um próximo amor de estação.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Aquieta-te por ai, parece que é mais distante do que eu pensava seu novo lugar, deve ser saudade, a física controversa impõe que esses dois corpos de pólos opostos, mas tão semelhantes se mantenham distantes. </span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Você parece um câncer ligeiro, sem cura, eu posso sentir lhe corrompendo meu íntimo, é cruel seu jeito manso de admirar meus lábios enquanto converso, ou de tocar me indiferentemente delicado enquanto me seguro para não arrancar lhe um tasco de pele em uma mordida ou outra, penso até que por momentos sua mente planejou um beijo súbito, você deveria ter aprendido a frear antes de começar dirigir-se a mim, não sou tão sábio ou tão paciente para esperar boa vida desde então, me exalto, me estrago, me deixo ir pela maré de infinitos sentimentos que ainda ontem repudia ver em alguém, mas quando se têm câncer você passa há admirar seus dias com mais cautela e inconseqüentemente quer viver cada segundo sendo aproveitador extremo de todos os detalhes que não lhe instigava viver até que alguém venha abrir-lhe os olhos.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Descanse em sossego, este caminho é pedregoso demais para arriscar-me pisar tantas vezes, não que eu seja medroso, mas prefiro caminhar sobre campos mais aveludados, você deve saber o quanto mais preciso disso, o quanto mais sensível sou, acho que sempre se lembrará de minhas palavras e às vezes até sentirá falta de ouvir, leia cartas antigas e se inspire a aventurar, ouça canções que gostaria sentir, e tente chorar de emoção, dedique-se a viver mais e mais.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Vou continuar escrevendo sempre que esse sentimento inquietar meu ser. Pode demorar dias, meses ou até anos para que eu aprenda a caminhar sem olhar pra trás, pode demorar que eu aprenda a andar mais devagar, ou pode ser que eu morra tentando viver o que alguns nem mesmo terão a dádiva de conhecer.</span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-44462784632715036792012-01-09T14:14:00.000-08:002012-01-09T15:36:10.572-08:00Escreve-se assim, as velhas novas despedidas,<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4cg7cB4Hlfs6ozLHwNhb5KFtUQa9K7c20HxT_6mTar9gAVP_CaBM4Gx50kbDl2U4rG7EziSj6jAQbH1u9UFzlhcnYaS6HjTePDRRjR2aaR3I1OCYNVFWCZu7ICp_M_4XwNy3pqqt3t-s/s1600/DSC_0485.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4cg7cB4Hlfs6ozLHwNhb5KFtUQa9K7c20HxT_6mTar9gAVP_CaBM4Gx50kbDl2U4rG7EziSj6jAQbH1u9UFzlhcnYaS6HjTePDRRjR2aaR3I1OCYNVFWCZu7ICp_M_4XwNy3pqqt3t-s/s320/DSC_0485.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Logo cedo vêm o tempo manso que aquieta o espírito fatigado efêmero, despedidas em domingos chuvosos não foram feitas para serem momentos felizes, despedidas em geral não carregam consigo grandes sensações gentis, mas esta em si, a parte de todas levou quase uma eternidade pra acabar. Foi aquela chuva triste do atraso de final de semana, melancólica de dias acinzentados caindo lentamente que cobriu uma vez mais por puro clichê aquelas insistentes e poucas gotas salgadas escorridas que tendiam a sair, em dias assim qualquer incentivo de melhoria parece ser completamente desprezível, qualquer pensamento parece vago, não a muito sentido nos passos, qualquer sorriso parece triste.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">- Não me julgue por mais esses outros tantos cigarros, estou a tentar ficar calmo! </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Como de pouco costume a pouco que tínhamos afim, percebe-se fácil que meu nervosismo em excesso me descontrola, minha dramatização inconseqüente não lhe agrada, minha mania de exatidão e detalhamento de tudo que foi dito para que não haja lacunas serve-me para aquietar o espírito, as dúvidas sempre me corroem posteriormente, não quero vacilar e me perder pensando que ainda caberia uma palavra ou outra em nosso monologo sobre <i>“pontos e vírgulas”,</i> mas se eu não fosse exatamente “ASSIM” talvez não lhe agradasse quem eu pudera ser. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Se não fosse por agora quando é que ouviríamos nossas músicas francesas temáticas com tanta apatia por toda essa literatura e melodia frustrante, com sensação de que elas nos remetem a safadezas de fim de noite? Se não fosse nosso enredo dramático criado pelo meu psicológico instantâneo que se diz centrado e maduro ou pelo seu descompasso emocional que me irrita constantemente, mas que me faz querer te apertar, te sufocar em um abraço apertado pra que você se aquietasse aqui comigo, talvez nós estivéssemos fadados a tardes em banquinhos de praças como quem dera um casal de décadas anteriores, aborridos e sem ânimo, desses que passavam uma vida toda para vivenciar os benefícios em apenas um dia ou outro para quem sabe sentirem se realmente vivos, sei que nós não seriamos tão bons amantes de noites de filmes em preto e branco com pipoca em uma salinha só nossa, prefiro ainda sentir aquele aroma de creme dental e vodca enquanto desleixamos com as roupas espalhadas pelo chão. Boa parte do que escolhemos por trilha nem mais fariam sentido, eu tenho pressa de estar livre de tal sensação que me aperta o meio do peito e que tende a fazer desejar não ser mais quem eu sou, vou criando asco a quaisquer vestígios de posteriores sentimentos duvidosos, ou de pessoas abstratas a mim, mas sei por vivência que é um desprazer passageiro, que indisposto estou a repensar, a errar, arrepender, me perder, encontrar, viver e viver por incontáveis e absurdas vezes esses malditos enredos prematuros escritos em linhas tortas. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Pense que de todos os meus defeitos o que mataria a ambos mais devagar seria meu cheiro de perfume e nicotina.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Mais um ou dois cigarros...</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">- Desculpa, ainda estou nervoso.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Meu defeito, meu prazer, se vê em misto de bom gosto vicioso. Não que seja a melhor lembrança de mim, é apenas um detalhe a parte do que eu sei ser, talvez quando abraçar alguém que por habito seja igual a mim, por lapso o aroma de nicotina, perfume e suor de outrem lhe trará a mente a imagem de dois corpos nus em transpiração ao vaivém de qualquer som alternativo de gosto comum, atracados por contrações práticas e involuntárias de prazer, ou ainda pelo lado sentimental, um simples abraço cômodo que deixa passar despercebido o nosso segredo aos olhos de qualquer outra pessoa boba, a não ser pela nossa troca de carinho meado a que fato mais nos julgariam? Nós sim estamos nos julgando e nos condenando a não sei o que exatamente, mas sei que estamos vacilando em algo. Se pós tudo não sentir falta alguma de qualquer sensação de presença minha, do toque, do beijo, do olhar perdido que encontra quando abre os olhos, das brincadeiras infantis, das descobertas íntimas, conversas desconexas ou descompassadas mal interpretadas, mas ainda assim bons diálogos, ou ainda da companhia pratica para virada de goles rápidos de qualquer dose de bebida quente para que sejamos menos enfadados da vida. Sim! Até mesmo nossos detalhes não tão exemplares talvez nos façam falta. Enganamos-nos quando desejamos vivenciar nossos sonhos em todos os mínimos detalhes quando na verdade somente alguns realmente têm a glória de vivenciá-los com exatidão, outros tantos incontáveis e lamentáveis seres apenas lhe fazem caso quando estão dormindo, vivência frágil e enganosa, mas ainda sim vivência sonhadora e saborosa. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Se você em sua forma de pessoa “erradinha e perfeitinha” não sentir falta de detalhe algum faço votos para que um dia tudo mude, e te elevo então a um patamar superior e lhe nomeio com desdém “ser bruto”, pode desfazer-se de tudo que te faz refletir ou se contrair de raiva por ainda pensar sobre isso, mas não apague de você o que te dediquei por breve tempo algo que denominam “a melhor parte de mim”. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Pense no tempo que esta sendo dedicado ao que escrevo só pra tentar ser menos ilógico quando lhe peço alguma compreensão ou resposta para todas as perguntas que faço, eu não procuro perfeição, sou pisciano, mas ainda assim realista demais para esperar que contos de fadas surjam cavalgando em minha porta, isso é a idéia infantil de relação, se existe algo em que concordamos por completo é sobre imperfeições, NINGUÉM vai ser o <i>brototipo </i></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Acho que eu devo confessar, eu ficava te esperando dormir primeiro que eu propositalmente, e por várias vezes enquanto lhe admirava dormir pesado percorria com os dedos suavemente, quase não lhe tocando, lentamente para não lhe acordar teu queixo, lábios, nariz e sobrancelha, e sempre me pegava pensando se eu realmente deveria estar ali, se não era melhor levantar sorrateiro e partir para outra vida que deixei lá atrás a algum tempo, e pela manhã, pelo primeiro beijo de hálito de bom dia eu desejava continuar acordando com tua imagem de anjo bastardo por vários outros dias seguintes. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"> Tem algo queimando aqui dentro, é um enredosinho de romance semi cozido, com temperos peculiares, não tenha medo de aumentar a temperatura desse cozimento, errar a dosagem dos ingredientes é normal, perca o receio de misturar ou decorar um pouco mais de experimentar novas formas, não existe fórmula exata para este tipo de receita, se ficar sem sal, convenhamos que degustaremos muitos outros novos gostos, se o fogo acabar por falta de gás ainda podemos usar outros materiais combustíveis, mas não deixemos de provar-nos a toda hora para que possamos elaborar nossa própria receita de convivência sentimental. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR">Foi você quem me tirou de um desprazer cotidiano, foi você quem me fez sorrir, não te culpo por esse vácuo que estou sentindo hoje, ou pelas lágrimas durante o banho, essa saudadezinha que vai crescendo desde quando lhe dei as costas de noitinha vêm mansa e seria me dizer que eu deveria tentar lhe dizer qualquer outras tantas coisas. </span><br />
<span lang="PT-BR">Mas por hora lhe deixo este ponto final camuflado por esta virgula,</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-42251789240259296662011-10-22T14:59:00.001-07:002011-10-22T17:41:52.286-07:00Nossos sonhos favoritos.<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3yKXkgLNeUPmDs2hQ0rt8YIVm7CNjLBhKtriZKxBCQXY0RMzcRFhRVE8Lbuv_y9DToZEtbC31aeovUdVhFJ0VqAEk7WN2lLhY4rHBg1mLIbcXS3KymO_gY8ydmmSBz1f-AhyJmnl1rrE/s1600/blog1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3yKXkgLNeUPmDs2hQ0rt8YIVm7CNjLBhKtriZKxBCQXY0RMzcRFhRVE8Lbuv_y9DToZEtbC31aeovUdVhFJ0VqAEk7WN2lLhY4rHBg1mLIbcXS3KymO_gY8ydmmSBz1f-AhyJmnl1rrE/s320/blog1.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando me perco de mim,</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“Hoje acordei com fome de melodia, pra tocar a vida adiante necessito ser ritmado por alguma boa canção, preciso de alguém pra me conduzir ou para me acompanhar. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Uma parte de mim ontem foi embora durante a chuva pesada e fria, se vocês pudessem ouvir através do intimo silêncio frio daquela noite triste, adentro das gotas fartas e da musicalidade descompassada da chuva o Renato Russo gritava ao fundo uma das mais belas canções de despedida enquanto o Cazuza manso me falava sobre desistência.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Estou de ombros caídos arfados, eu não aprendi a disfarçar tristeza, nem ao menos quero tentar ser feliz de imediato, a chuva ontem beijou minha alma, lavou meu corpo, mas não levou a dor embora, minhas lagrimas estão misturadas a ela em algum canto e em um dia ou outro o céu ainda vai chorar por mim. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não quero provar a ninguém que estou bem ou que sou demasiado forte, não pretendo premeditar ou arquitetar uma melhora repentina, sacudir a poeira ou apontar o queixo imponente ao horizonte, para demonstrar a quem me rodeia que sou mais bruto do que pensam, toda essa melhoria vêm vindo mansa, vêm gradativamente lutando contra o lado ruim de estar aqui estagnado por momento, o pós guerra, a calmaria, o repouso, tarda a estabilizar e às vezes falha, já escutei sobre casos que jamais passaram pra um próximo estágio de superação, a mansidão vêm lentamente formigando minhas entranhas e eu vou me rendendo ao comodismo da superação, às vezes o tempo se faz muito tempo, talvez eu seja assim pra sempre, talvez eu seja um fanático contador de enredos bonitos com tristes fins.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Dia 17/outubro/2011 <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Até então chovia manso, logo depois o céu desabou firme.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando ainda havia vestígios de inocência e credibilidade em um mundo que parecia mais manso e não tão complexo, julguei como tolo poder voltar a vivenciar sonhos que a muito não mais me faziam caso, escolhi caminhar por certos caminhos que a muito haviam deixado de me calejar os pés e atordoar minha alma, naqueles outros tempos eu desfrutava de outra vida, regada de dias insanos, noites boêmias, aventuras sexuais e casuais, dias que pareciam ser cheios de glória.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando caí, era como se tudo se perdesse, o passado cheio de insegurança, desprezo e ignorância foi se desmanchando como papel na chuva, fragmentado em pedacinhos minúsculos que não se poderia recompor, tirá-lo da chuva naquele momento era irrelevante. As dúvidas não mais me amedrontavam como a muito vinham se impondo ao meu ego, esta sofrida parte do meu eu estava esfolada de anos atrás ferido por outros poucos medrosos a que me permiti qualquer lapso de sentimento bandido. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Enfim quando escolhi recomeçar por alguns outros conceitos adormecidos ou propositalmente largados esquecidos em qualquer canto obscuro do meu eu, tinha convicção de que todo o mundo havia mudado e acreditei como criança sem pestanejar que todas as palavras pronunciadas timidamente eram cabíveis aos sonhos verdadeiros de idealistas insanos, era fé cega! A timidez em sua face serena camuflava outro ego ferido que apenas se permitia as coisas mais fáceis mundanas, diferente de mim, eu toda a vida acreditei poder sempre um pouco mais além de meus limites. É de pureza tão íntima, mas também tão visível, tão carnal que pelas expressões faciais nitidamente se podia notar, aqueles olhos brilhando carismáticos juntamente com os lábios suaves de contorno exato estendidos de canto a canto me fizeram crer imaturamente em outro tipo de vida, tem gosto aparentemente orgulhoso o pronunciar, “eu me deixei levar, deixei ser dono de mim”.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“- Nem ao menos posso me envergonhar em dizer que poderia escolher facilmente ser pequeno, ser pouco, ser um inconseqüente eloqüente, tanto atirado quanto desleixado. Quando percebi, de sobra já havia menosprezado quase toda grandeza que habita mim, fiz isso de coração aberto, de olhos fechados, me fiz vassalo e ingênuo, teimoso e insistente, nunca fui tão pouco orgulhoso ou fogoso. Agora nem ao menos quero ser cauteloso quando grito que <i>fiz o que fiz simplesmente porque escolhi habitar o mesmo mundo que outrem</i>.” Até parece que algum dia eu vivi. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Em primeiro segundo pós escolha se esvairia de mim toda aquela angústia diária incessante, ao contrario da <i>gradatividade</i> de emoções ruins ou daquele peso nas costas, crescia em mim outros sentimentos com ênfase de graciosidade, dali adiante não haveria como retornar, como frear ou muito menos parar, era como um câncer me consumindo, eu estava sob as gotas, meu guarda chuva tinha esquecido em casa.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Eu nunca aprendi a chorar pouco, a respirar pouco, a ser feliz pela metade e o amor enfim como o mais impiedoso me matou quase sempre, depois da primeira, segunda ou terceira sempre nos achamos mais intocados, impermeáveis, endurecidos, um infinito de nomeações que nos remetem a idéia de sermos fortes, mentimos a nos mesmos que é sempre menos que antes o que sentiremos adiante, não posso ser tolerante, muito menos simples, meus detalhes me formam como um quebra cabeças de partes infinitas, detalhes minúsculos que precisam de encaixes perfeitos. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando me abraçou firme, o frio se foi, eu tolo esperançoso rezei aos céus pra que aquilo fosse à continuidade dos nossos dias de orgulho, por um minuto ou vários que se perderam naquele esboço de sentimento acreditei que nossos sonhos voltaram a se encontrar, que cuidaríamos um do outro como em nossa velha canção comum ditava, estava seguro de que os esforços e todas as lagrimas não teriam sido em vão. Naquele lapso de credulidade o mundo parou perplexo diante de mim, eu me senti esplêndido sendo alcançado só por você, ele nos deu tempo suficiente para sentirmos o calor intimo retórico que acendia o físico, o cheiro eterno que dilacerava o espirito e o toque infinito que desrespeitava a pureza consciente de todo meu eu, todos eles distintos para que deixasse nitidamente claro a idéia de que ainda acordaríamos suados sozinhos em nossas camas mesmo estando em companhia de um ou outro sem nome, sem gosto, sem canção, com sensação de ter revivido dias menos nublados, menos desbotados, sem este amargo na boca de sonhos idealistas perdidos.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Fui embora sob a chuva, perdido sob a água fria e pesada que lavava meu corpo e beijava minha alma, meus pés estavam descompassados e eu decepcionado, meu espírito se isolara em um canto obscuro pra privar se do mundo insano, eu sai com um espaço vago incalculável em meio ao meu peito, achei que a morte chegara recente dado mãos com a absurda dor transparecida em pranto insano, alguém acabara de arrancar parte essencial de mim atirando-a em qualquer canto sem piedade se quer. Eu não lhe culpo por não poder viver no mesmo mundo que eu, por não ter asas tão grandes quanto eram as minhas antes de apará-las pra estar com você, se eu fosse anjo igual quando bem me nomeava naqueles dias mais justos, eu teria deixado toda a minha eternidade de lado pra estar a mercê de um mundo complicado simplesmente atado a quem fosse dono de mim.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“Mas por estar logicamente vivo, aprecio a vaga lembrança de sonhos roubados enquanto o Nando diz ao fundo tudo que eu gostaria de ter cantado pra você, eu só lamento pelo tempo perdido, entenda minhas lagrimas derramadas como sendo apenas indícios de vida verdadeira, elas serão lembradas apenas como detalhes de histórias de sobre mim. Tenho pena dos brutos, pois nunca viveram de verdade, depois de muito sofrer ainda creio que anjos existam caminhando por ai.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNoSpacing" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">(Rafael Augusto Oliveira)</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-42815869021075806862011-09-22T05:29:00.000-07:002011-10-22T15:17:41.189-07:00Sou eu quem se perdeu.<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf2tk1TsOW8QF-D-REP1es2_5w1lOyZl9-uhqHlY1vfcFieOtB77JrIi-o9Cog92PC5GMoraJexV-APpwXm6zhdX8gMeDPjNJxcooZHNypo5FEwhVoRQEPmU-caKjhnO_MjcsgOQmLoA/s1600/DSC_0258.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuf2tk1TsOW8QF-D-REP1es2_5w1lOyZl9-uhqHlY1vfcFieOtB77JrIi-o9Cog92PC5GMoraJexV-APpwXm6zhdX8gMeDPjNJxcooZHNypo5FEwhVoRQEPmU-caKjhnO_MjcsgOQmLoA/s320/DSC_0258.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu sei que você dormiu abraçada aquela coberta que ainda guarda o perfume incomum e que ao fechar os teus olhos cansados admirou a imagem de dois corpos que viviam o deslumbre de tempos que pareciam gloriosos e eternos, esses dias eram bem mais cheios de cor e calor, comparado a estes dispostos hoje frios, desbotados e temperamentais, perderam se ali duas almas dispostas ao infinito.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Agüente firme mais um pouco, ainda é cedo pra chorar.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Poderia ser uma noite quente em que esta companhia muda não lhe trouxesse tanto conforto quanto outra hora lhe fizera ao aquecer os pensamentos fartos, deixando-a resguardando pelo dia seguinte quando a insônia ansiosa lhe fazia desejar que a noite fosse curta e que o dia seguinte ao lado de seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“amor”</i> fosse o mais longo possível, eu sei que, contudo ainda assim, se entrelaçaria a ela buscando qualquer vestígio de quem já se foi há algum tempo, mesmo que aquilo ao seu raciocínio orgulhoso lhe atirasse a falta de orgulho, o perfume brando ainda lhe faria estremecer e chorar pedindo ao vago quarto que vocês voltassem a se unir.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Respire fundo, e percebera que este aroma te levará as memórias que talvez estivessem perdidas.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu sei que parecem anos, mas foi só há algumas horas apenas que ela lhe deixou em pranto largada de forma qualquer, cabisbaixa a mercê de qualquer lapso insano que lhe parecia lógico e fácil naquele momento. Comigo também foi assim, eu queria saídas fáceis e até mesquinhas, nada corajoso diga se de passagem, mas na medida em que podemos ficar bem, vem surgindo sorrateiros sentimentos e fagulhas de imagens de dias mais alegres que estes, e é nesta hora que encontramos o que nomeamos como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“a dor do vazio”</i>, desde que chegou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ela</i> vêm se impondo a mim mostrando ser superior a qualquer outra sensação existente aqui, não se podia mais sorrir, se alegrar, ter prazer ou até mesmo chorar sem que ela preenchesse o incalculável espaço vago em mim, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o vazio</i> se tornando dor, e a dor sendo conseqüência daquele vazio crônico. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Se lhe pedem explicação do que sentes você elabora qualquer diálogo fadigado de filme mexicano dublado, ou de um drama trágico francês e diz mentindo sem chance de credibilidade pelo espectador adiante que esta adoentada, fadigada do trabalho, que tem tido insônia, que lhe falta um pouco de apetite, que o mau humor ou a alta taxa de sensibilidade emocional é causado por uma TPM que já vem fazendo um ciclo vicioso nessas últimas três semanas, enquanto na verdade a garganta arde apertada e a boca amarga deixa sem graça teu prato favorito ao paladar, o peito queima acelerado te fazendo ficar acordada a lucidez de pensamentos bons que se tornam ruins e confusos, teu corpo parece soluçar as dores de cada batimento daquele coração dolorido, sua mente esta tão cansada que você só se concentra em achar razões quaisquer para dar lógica a toda aquela cena de fim, maldito <i style="mso-bidi-font-style: normal;">desamor</i> que nos vai deixando sem razão.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Desate o último botão da camisa e respire devagar, não deixe que seus olhos lacrimejados molhem teu rosto e estraguem sua maquiagem pesada, ajeite teu cabelo e erga o queixo rumo ao céu, se quiser pode me abraçar.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Enfim, seu corpo agora não reage mais tão lúcido ou tão voraz quanto antes, é frustrante eu sei. Não se pode mais controlar tua mente que submerge em um mar emocional desgastante, desconhecido, nosso lado sempre parecerá mais desfavorável ou desconfortável que o do outro, e por fim ainda somos egoístas e orgulhosos, mas é porque nós que quando de corpos viris e almas deslavadas diríamos em outro dia que só se encontra assim quem quer, agora pagamos a língua como bestas inocentes, e dedicamos nossos dias a lamentar injuriada a perda de um membro recente, sim, é como se tivessem me arrancado um braço, ou uma perna, ou qualquer parte que faria grande falta em mim.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Jamais vacilaríamos ou seriamos desleixados como outros, não existiria um coração a mercê ou jamais seriamos tapete para alguém, este um dia foi o nosso mal.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Em outras palavras ousamos ser quem quiséssemos ser, sem pestanejar a reação decadente de alguém, é apenas desdém por algo que não encontramos ainda, que nem ao menos sabemos o que procurávamos, quando não se conhece não se deseja e se não deseja não lhe faz falta. Apenas não tínhamos noção exata das proporções que tais sentimentos nos levariam, vivíamos pelo dia pós outro, e agora mendigamos milésimos de segundos que nos levariam a uma inconsciente realidade não tão boa, nada parecida com o que realmente sonhamos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- O problema é experimentar!</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> A quem se sujeitasse a nossa língua ou ao nosso vaivém de quadris que não esperasse imediata aspiração ao mundo lógico de nossos sentimentos, afinal não somos tão coerentes como a maioria aparenta ser, sendo assim talvez não existisse uma noite pós outra, ou uma troca de telefonemas ou cartas de amor demonstrando a fragilidade do nosso ser a qualquer um que premeditasse atar suas mãos as nossas e que não mais nos permitisse idealizar a liberdade solitária que queríamos, eu sei bem que ao final seriamos taxados de desprezíveis, frios, assentimentais, quando na verdade somos escarnados gêmeos piscianos de incalculável sensibilidade, sonhadores sem limites. Nas horas de apelo, quando o ego está ferido e o corpo desanimado, nossa mente sem perspectiva nos leva a desejar qualquer sensação semelhante do que vivenciamos. Agora que nos encontramos distante de sermos frias frígidas almas desbotadas lamentamos o desdém de quem nos mostrou o amor e em seguida nos fez querer <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“desamar”</i>, e por passar a ser crente em qualquer coisa que nos tirasse daquela queda livre em uma fossa obscura começamos a recorrer a qualquer ajuda divina ou até mesmo a uma cartomante daquelas de esquina, que nos fizesse agarrar a idéia de que ao final tudo seria mais uma história de relacionamentos duradouros, que ali não seria um fim aplicável. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Pode acender um cigarro favorito em comum, eu também conheço sua saudade.</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando estiver sozinha olhe para o nada e bem diga sobre os bons dias passados quando ainda éramos quem éramos cabíveis de vários <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pseudos amores</i> simultâneos, esses dias me dão saudade, eles eram tão mais lúcidos que estes, mas não despreze esses dias atuais, em algum outro momento futuro iremos rir de nossas prematuras perdas. Se lhe faz bem pragueje a quem foi embora que sofra ao abandono de outro alguém, de forma cruel e egoísta seja sincera mesmo que enraiveça você ter a certeza de que amará este alguém por um longo tempo indeterminado.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Você ainda sofrerá tremeliques, e perderá a compostura sempre que simplesmente lhe pronunciarem este nome que repetidamente martela em sua cabeça e lhe fere a alma. Depois de longos desgastantes dias, em uma hora ou outra acordará menos mal, vai conseguir rejeitar alguns telefonemas, jogar fora algumas lembranças, ou até mesmo sentir raiva para favorecer o desapego, um dia o cigarro incomum será apenas mais um cigarro, e seus lapsos de tendência suicida serão projetados a uma vaga lembrança de um passado distante e incoerente, talvez nesta hora ao pensar nisso você esteja em uma cama quente e macia, abraçada simetricamente confortável pelos braços de um novo alguém, sentirás um novo tipo de paixão, algo que te esquente a alma e te supri metade deste vazio, por um tempo vai bastar, este novo amor será seu refúgio, sua fortaleza e nele descansará até que esteja pronta para viver outro mesmo amor, mas se vacilar e se perder em pensamentos antigos ainda se pegará chorando por alguém que a face já nem mais lhe é tão nítida, sentirá saudades de alguém que deixou de conhecer, alguém que talvez nunca existiu, estará diante do teu eu vazio. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Não chore! São apenas cicatrizes. </span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“Se deixares de acreditar no amor, ai sim lhe chamarei de vazio covarde,</span></i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">deixe o desamor para os ignorantes desalmados.”</span></i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="right" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: right;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Para minha amiga chorona pisciana.</span></i><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: 'Courier New'; font-size: x-small;">(Rafael Augusto)</span></div><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"></span>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-71802940145081787402011-09-03T11:27:00.001-07:002011-09-03T11:28:47.362-07:00Entre o que eu quero e o que posso viver.<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span lang="PT-BR"> </span><span class="Apple-style-span">Quando me degustei daquela boca insana, mergulhei em proporções que outrora pareciam mais fartas, mas foi ao sentir tua saliva quente viscosa, misturada a cerveja amarga que encontrei em mim memórias frias e severas de final de julho, era hora de rir escancaradamente para não chorar de covardia.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Nesta hora o nó que estava atando a garganta me sufocando desde sempre se desenrolava ao buscar a sincronia de uma língua ágil e desesperada, sua dona era solitária visto pelo que apresentara a mim, tinha em si uma silhueta obscura de burguesia boemia e medrosa estagnada a uma vida insegura de prazeres secretos e culposos impostos pela sociedade politicamente correta, isso ainda me fortaleceu o desejo casual de consentir ao pecado teu, aliviando lhe da proposta imposta de suas formalidades sexuais reprimidas, era um espetáculo armado onde as apresentações decorridas deixaram um palhaço despido e deprimido a mercê de um público que mendigava pela graça de alguns sorrisos, mesmo que os mesmo coubessem em um rosto pálido e irônico.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Em meu íntimo pensamento me martelava a idéia de que <i>o outro</i> que partira há poucos dias agora busca levar contigo de bagagem uma crua realidade hipócrita oferecida de bandeja pela “minha” vaga idéia de sociedade formalista e retraída, me vêm à certeza de que em dias passados este fora bem mais cruel e verdadeiro quando chegava manso me fitando sublime e de forma peculiar, era onipresente mesmo não estando ali, naqueles dias de remanso eu gostaria de ler seus pensamentos, sendo eles os mais serenos ou os mais maquiavélicos que se podia deduzir pelas suas expressões faciais ou seu vago olhar, eu assim poderia sentir-me mais confiante no que dizer na cena seguinte, porém enfim continuei com os cigarros habituais e agora a realidade estava desnudo na cama de alguém, acompanhado e ao mesmo tempo sozinho pra dar ênfase a sensação melancólica de saudade, enfim era mesmo covardia misturada a desespero que nos atirava a um abismo de clichês que nem ao menos fazem sentido. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Quando buscava conforto em mim, estava apegado a uma figura real que lhe fartava determinados anseios, mas acho que mesmo assim ainda buscava outros, eu fui assim por um tempo teu porto imponente seguro e continuei tentando outras soluções para o que fazia falta a tua idéia de bons sonhos em dias de pranto. Depois com o tempo de certa forma fui desaparecendo em finais de tardes fadigadas onde as coisas não mais passavam do casual, um café, um cigarro, cinco minutos de companhia, daí então me perdi em meados de memórias quentes de um inverno frígido de fim mês, agora estou embaraçadamente desconfortável roçando em uma pele que nem era tão quente e que nem ao menos fazia desatar de meu mundo passado, pessoal e peculiar. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Minha boca amarga o último gole destemido depois de desprendido da língua fervorosa que percorria as minhas extremidades mais intimas nuas, a noite era quente, mas naquele espaço sem fim habitava mesmo era uma frustração gélida, depois do carnal vêm à sensação de continuar estagnado à mesmice dos desejos, sozinho entregue ao clichê de acender um último cigarro antes que a noite termine, antes que eu vista roupa para partir, “até nunca mais”, pretendo tentar dormir subitamente e crer cegamente que ao acordar seria você dormindo profundamente ao meu lado, confortável a mercê de qualquer atitude real, viável as minhas mãos e não mais só em meus sonhos, entre nós só mediria alguns poucos centímetros de respiração tranqüila de um sono pesado arfado de dias mais cansativos, estaríamos enfim vivendo nosso sonho particular, uma a dispor dos cuidados do outro, estaríamos vivendo.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Tenho pena das almas solitárias que buscam a contemplação da vida no espírito livre e cheio de luxuria de outros, estes encontraram apenas desapego, desconforto o desamor, a realidade estará despida para seus olhos imaturos fazendo com que os sonhos se assemelhem a realidade e nós mesmos não saberemos mais distingui-los, viveremos sonhando ou sonharemos com o gosto da vida, estes que ainda não sabem amar serão solitários sobreviventes da casualidade mundana, pois também não foram amados, se alguém lhes entregasse um coração oferecendo o desconhecido e intrigante emaranhado de sensações agregadas a tal sentimento, se encontrariam boquiabertos de espanto buscando explicações que talvez fossem irracionais ao que lhes foi imposto, é um misto de insanidade e felicidade, de malicia e inocência.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Agora mais aliviado depois saciar temporariamente o que estava inquieto em mim desde sempre, pude desviar meus pensamentos a idéia absurda de que pós ali viria à calmaria imediata, mas minha lucidez foi tomada depois dos suspiros arfantes e gemidos gritados, pelo ato eu poderia deduzir se não estivesse ali que alguém estaria morrendo, e de certa forma estava realmente, os dois, cada um da forma mais cabível, se perdendo na casualidade assentimental do momento. O erro exato de toda história foi ter me desprendido de meus pensamentos naquele instante, voltando ao realismo da cena do quarto a meia luz, não havia mais clímax, nem tão pouco excitação, nem muito menos haveria romantismo a seguir por minha parte sendo eu quem sempre fui, que este não esperasse de mim a fuga de seu retiro solitário e nada empolgante, em alguns minutos seguintes eu não estaria mais ai, e ao partir não lhe estenderia a mão para tirar-lhe de sua masmorra, nem tão pouco voltaria a afagar-lhe os anseios carnais de uma alma desesperada, o quarto voltaria a ficar vazio, e suas noites seriam a desejar que outras assim não voltassem a acontecer.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Meu nome?<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Com um último lapso de coragem e esperança de uma proximidade vaga me ofereceu um sorriso de canto sujeitando-se pela derradeira vez a meu desdém, me indagando. E eu por vez, nem ao menos vacilei, ou repensei no que dizer.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Me chame de “alguém”. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Ouviu-me pelas costas.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Adeus até nunca mais.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> “Em cada segundo eu posso criar um novo futuro, mas não posso apagar o que construí de meu passado.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Rafael Augusto</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-19230599547899106902011-08-08T17:16:00.000-07:002011-08-09T20:02:33.327-07:00Oração de Despedida.<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdUX35h1EPmb6ChlyBfNo8Vyy9lAUQ0FhNaSI64GCasbLrQNR9WahL13ILAZdXUOxezH-ljRWw2XUecoHCELpC8eppscFI0GvxPkzSUBxbmjTS1zUhGfehiMFbcmZwFXGYaYVnHgdHJao/s1600/tumblr_leu3xwxcK41qarpiio1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdUX35h1EPmb6ChlyBfNo8Vyy9lAUQ0FhNaSI64GCasbLrQNR9WahL13ILAZdXUOxezH-ljRWw2XUecoHCELpC8eppscFI0GvxPkzSUBxbmjTS1zUhGfehiMFbcmZwFXGYaYVnHgdHJao/s320/tumblr_leu3xwxcK41qarpiio1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Era para ser uma simples despedida de fim de noite, lá pelas <i>quatro e pouco</i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">, depois de uma transa</span><i> </i><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">pouco convincente, de uma troca subjetiva de fluídos corporais, e de um diálogo sobre nossas íntimas pendências, ela decidiu a um não mais um “meio termo” de nosso convívio , e partiu, o que era pra ser um simples “até amanhã” </span> <span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">não soou de tal forma. Sem ao menos pestanejar ou tão pouco vacilar, seu jeito manso naquele instante se voltou ao típico ser bruto e frio quando me deixou sentado na borda da cama no quarto a meia luz, sentindo o lençol ainda quente apertado entre uma das minhas mãos enquanto a outra acariciava desesperadamente meu cabelo desregular, adiante a porta se fechava de maneira grosseira sem deixar espaço pra qualquer diálogo desesperado de reconciliação ao qual coube em outros momentos de irracionais ocasiões. <o:p></o:p></span></span></span></div></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Seus passos que antes eram apressados, rígidos e previsíveis, donos de um próprio mundo, agora ecoaram de forma passiva a cena anterior, se arrastando de forma indecisa e melancólica, ao som de uma música qualquer da nossa seleção favorita ao fundo, dando espaço para uma cena dramática de qualquer filme favorito nosso, pareceu inevitável não chorar naquele momento, a penumbra silhueta que adentrava o vazio final, dobrando a última esquina corredor alcançando enfim uma escadaria sem fim estava tão cabisbaixa e solitária quanto eu pude imaginar. Ela partiu antes da hora, levou com ela meu calor, alguns retratos, e o último cigarro que acendera depois do orgasmo fingido.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Ainda nem eram <i>cinco </i>quando comecei a planejar o próximo passo do começo de semana boêmio que decorreria com certeza a partir dali, eu não poderia fugir do clássico clichê previsível de finais de relacionamentos, só não me abusei de um balcão qualquer porque realmente não desejava um público tão mais com aparência de falecido do que eu. Em um lapso de vácuo lógico me encontrei tragando e degustando compulsivamente o sabor de uma vodka ardida e amarga da última noite de bebedeira, nunca fui fã de vodka, mas naquele momento eu poderia refletir dando exatidão imediata que desde sempre também nunca fui um grande apreciador de despedidas prematuras.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">No canto pouco iluminado a mesinha de forro xadrez avermelhado se impunha para mim de maneira simpática de forma a me mostrar que sobre ela ainda parava sutil algumas outras quantas fotografias recentes, um envelope branco mudo e alguns papéis de carta com grafia ligeira, complexa e decidida desde algum tempo. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Agora depois de ler a carta e ter sujeitado a mais uma transa que se dizia forjada, fico perguntando complexado porque se entregara mais umas vez a mim, sendo que seria ali um ponto final do que vínhamos chamando de “sobrevivência”?<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Usei enfim algo que li na carta explicativa para me confortar até certo ponto, coisas tristes me vêm de forma fácil na cabeça quando nem ao menos faço questão, posso descrever não com tanta exatidão o que ela dizia, mas lembrarei o que coube a mim entender o que me escrevera. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">“Já era hora de deixarmos de lado nossa convivência adaptada para que ambos não se sintam sozinhos. Quando te vi pela primeira vez na mesinha do café da esquina, enquanto você lia seus intrigantes suspenses parecendo se perder entre eles me apaixonei de primeiro momento, mas foi quando você me sorriu e ofereceu companhia pro café é que tive certeza de que gostaria de sua estadia comigo por todos os outros dias seguintes, seus olhos me fitaram de maneira singela e provocante, aquilo me acendia a alma, e definitivamente me calava a solidão, eu me controlei até o ponto em que senti você respirando quente a milímetros de meus lábios e lá se foi o nosso primeiro beijo, tinha gosto de café e cigarros, tinha um gosto muito bom.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Com o tempo nossas aparências complexadas e nada viris foram se erguendo de forma muito perceptível, nossas noites não se definiam mais em prazer ou amor, existiam demasiados gemidos quentes e outros tantos sussurros delicados, juras e promessas de um sonho eterno que nos dois compartilhamos entrelaçados um ao outro em nosso pequeno mundo que chamamos de cama.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não sei em que ponto paramos de sonhar, ou de fazer questão de enfeitar nosso dia-a-dia, você não mais me dedicava seus contos com tanta freqüência, e eu tão pouco fazia questão de procurar novas e futuras canções que seriam nossas, o que era íntimo foi ficando comum demasiado, foi quando percebi que sentia falta de você me adorando, acariciando e cheirando de maneira deslumbrada cada centímetro do meu corpo, me arrancando risos prazerosos enquanto alcançava determinadas curvas em mim. Os detalhes mais brilhantes que eu enxerguei em nós foram ficando de lado, então me decidi, decidi por nós dois não mais ficar por aqui, talvez assim sintamos falta um do outro, lembraremos de desejo incomum que compartilhamos outros tantos dias, mas que agora não passa do casual.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Não deixei de te querer, nem deixei de sonhar, o que estou deixando é uma parte de mim ai com você, espero que ainda cuide dela, talvez um dia eu lhe bata a porta lhe pedindo de volta algo que ainda pode me pertencer.”<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Rabiscou ao final em rodapé algum meado de palavras que remetiam a uma das primeiras canções favoritas, assinou delicado, decidiu e partiu.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu fiquei espreitando de momento a momento as sombras por debaixo da porta, com duas metades de coração em mãos, uma minha e outra tua, esperando ouvir a fechadura girando a porta se abrindo e antes que você se aproximasse de um abraço eu já estaria sentido seu perfume doce outra vez me fazendo estremecer por nossos detalhes que não estavam tão perdidos assim quanto você queixara. Mas ao fim bêbado, largado e boêmio eu dormi, rezando e suplicando a Deus para não acordar sem que você estivesse ali. </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-52643189071274306462011-08-07T18:56:00.000-07:002011-08-07T19:01:56.169-07:00Onde os Anjos ainda não tem vez.<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Achei que seria prazeroso sair mais uma vez de casa e esperar que o calor e a luz ofuscante do sol me revigorasse, que o dia ia ser o mais brilhante de todos os tempos, então me expus. Daí então antes de sair me olhei umas quantas outras vezes perdidas no espelho mudo, esperando uma resposta qualquer de onde eu deveria ir, eu olhei firmemente em meus olhos, meu queixo estava rígido, e a garganta um tanto seca. Encarei mais alguns segundos uma silhueta pálida que me remetia coisas não tão agradáveis quanto eu queria, ela não me sorria e nem tão pouco fazia algum esforço para que eu sorrisse também. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Uma vontade escandalosa de me aquietar embaixo do chuveiro em um desabafo frio e confortante ao gélido piso mudo me veio do mais intimo possível, eu queria mesmo ficar ali, largado, talvez um cigarro ou outro para me fazer lembrar tantas outras coisas, aos olhos do espelho mudo precipitei que figura pálida ali me consentia a fazer o mesmo, e de tempo a tempo o dia que eu enxerguei cabível de raios quentes e de essência alegre foi ficando obscuro, se turvando e desmanchando se na imagem de uma noite pesada, bandida, e vazia.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Em minha mente vagarosamente foram adentrando pensamentos secos e eloqüentes, aqueles olhos pequenos de cílios negros que me fizeram perder o fôlego tantas outras vezes voltaram a me encontrar, daí então fui espatifando o que vestia e deixando o sossego que veio tardio ir embora devagarzinho, mas eu tinha pressa, agora pensava no cheiro de sua camisa colada contornando levemente a silhueta mais desejada dos últimos tempos, isso sim me vazia tremer.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O vapor do chuveiro começava a embaçar todo o clima, e turvar ainda mais a visão do que era real ou surreal ali, não fazia frio nem calor neste momento, apenas existia um vazio estremecedor que me encaminhava água a baixo, o toque da pele quente no azulejo frio não era desagradável como outras vezes, era quase a mesma sensação de que senti quando me veio em recepção desagradável a noticia de que nosso encontro de amanha estaria desmarcado pra um dia não mais cabível a mim ou a você.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Perdi-me por algum tempo ali, estagnado sem noção de momento, apenas ali, sem qualquer fator externo me incomodando, a não ser a música melancólica que soava agradável ao clima, o que me incomodava realmente e sem previsão de ir embora era o que vinha de dentro, isso sim, rasgava as entranhas de minha alma sem pestanejar ou vacilar por qualquer momento, quando essa dor vinha se misturava com a nostalgia de outros tempos já superados e fazia questão de me mostrar o quanto ela era exata e suprema, acho que nunca me acostumarei com ela.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Continuei ali pelo tempo indeciso que precisei e até onde suportei o sufoco entre os cigarros e o vapor quente apertando meus peitos, eu queria um abraço, um conforto, sentir frio ou calor junto a alguém, queria me arrancar o ar enquanto abusava do arfar de outro alguém, então lhe telefonei. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Agora diante do espelho novamente couberam palavras mais sensíveis do que eu lhe vinha dizendo de forma a soar sutil, mas de certa forma com um interesse vazio agregado, eu sei que dou outro lado alguém sorria enquanto eu lhe convidada a pertencer a um mundo que ainda não era só meu, eu quase podia lhe ouvir sorrindo abafado e lhe enxergar arfando pesado de vontade recíproca, eu lhe ofereci conforto que outros tempos me pedira chorando, lhe ofereci braços, mãos, lhe ofereci um corpo fadigado e vazio, e você entendeu como sendo o “tudo” que você cobiçara desde muito tempo, e mais que de imediato consentiu que viria até mim.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O telefone se calou, eu me concentrei em vestir qualquer roupa que lhe fizesse acreditar que eu era o mesmo de sempre, que eu era frio, amável e inconseqüente, mas isso não bastava, acho que meu brilho estava ofuscado de forma muito perceptível a qualquer um que me conhecesse pelas metades. E mais cedo do que de costume você bateu a minha porta, mas como sempre foi tarde pra qualquer coisa, meus sorrisos forjados caíram, tão rápidos quanto meu corpo em seus braços, eu ouvi metade do que você disse e outra metade não me acompanhou, eu estava pensando em historias de amor, em meus filmes favoritos, em músicas que falavam por mim, eu só estava ali pela metade, a metade não tão boa de mim, estava a ver navios.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">- Eu lhe abracei apertado, ainda molhado, lhe pedi desculpas imediatas e insanas, ele consentiu e compreendeu, pra alguém que me desejava desde outros dias sei que foi de ingenuidade que ele me sorriu e pediu que eu lhe chamasse de volta quando eu fosse dono de mim mesmo, e assim partiu pra voltar só quando lhe oferecesse algo que ele cobiçava de verdade. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Desculpa, até o dia em que couber mais alguém aqui.</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-26904807062861934472011-07-29T15:31:00.000-07:002011-08-07T18:59:12.600-07:00Assim.<div class="MsoNoSpacing"><br />
</div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Triste orgulho irônico que me atordoa antes mesmo que eu acorde, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sonhos insanos que me dispõem como um ofendido covarde corajoso,</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E ainda ao fim um humilde furioso. </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A desilusão que veio eminente faz meu céu atar ao inferno, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Trazendo o desconforto como um doce veneno diário, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Correndo em meu corpo com um ardor espantoso, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Levando a minha face pálida vários sorrisos tristes.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Há quem diga que eu sou insano, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Há quem pense que sou exato, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Sou apenas um furioso e descontente dramaturgo desalmado, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Minha alma a muito não me faz caso, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Em meu corpo o abrigo vazio do desejo, </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Lhe bem digo fraco balbuciando,</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span lang="PT-BR">S</span>e queres ainda assim amar, entenda primeiro sobre desilusão.</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-39129258981494734362011-07-27T20:41:00.000-07:002011-07-27T20:52:49.915-07:00As partes que cabem em mim.<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_24JCjjjCbHobez_LxZ-K5-KKbEjXxfatWzIYj-vWjaZfq_P06uaSdxJ519N8bwzpilpb5Y1bwh10x3MORKfeW4umRoUcCdipYGbQNZkppbfBz_IEHrDonsK7YBUKB94d98yBvlFWKyA/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_24JCjjjCbHobez_LxZ-K5-KKbEjXxfatWzIYj-vWjaZfq_P06uaSdxJ519N8bwzpilpb5Y1bwh10x3MORKfeW4umRoUcCdipYGbQNZkppbfBz_IEHrDonsK7YBUKB94d98yBvlFWKyA/s320/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Na verdade nunca fui e nem tão pouco tenho pretensão a ser o estereótipo comum e entediante que a sociedade propõe como “ser normal”. Talvez eu escreva para que minhas palavras me sirvam de refúgio, talvez eu escreva por não funcionar tão bem quanto aparento funcionar, não me sinto em pleno vapor como ser humano.<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A divergência que existe de sensações que habitam em meu intimo, até me levam a crer em demasiadas personalidades. Personificação de um maldito ser ambíguo e demasiado complexo mesmo para mim, mas já me acostumei, agora até escrevo enquanto reflito sobre isso.<o:p></o:p></span></i></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">Às vezes, quase sempre.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Um dia ou outro encontro uma calmaria que desejo pela eternidade, e é ai que escrevo, entorno meu café e abocanho um outro cigarro, acho que nesses dias eu sou um servo do meu eu de personificação mais forte, aquele de personalidade mais fria e bruta, e não ao contrario, daí não fico pelo meio, balanceando-me entre o certo e o errado, pendendo entre o pudor culposo e a liberdade insana, me sinto livre a desejar algo mais e preso a algo que me faz estagnar, algo que sei o que é e que não consigo alcançar em uma realidade lúcida.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quando eu estou assim, livre das faces em mim as quais tenho grande apatia, tento entender sobre um sentimento que ainda se faz incomum ao meu eu, o clichê do amor. Tenho a impressão de que seja uma sensação desleixada, do tipo que não se preocupa em causar impactos que deixam rastros visíveis e de boa aparência logo de primeira, às vezes vem assim, sorrateiro, brincalhão, irônico chegando a ser ilógico, suave e apreensivo, e ao final bandido, ou ainda pode vir de forma contrária, ser bandido, soar como suave, nos deixar apreensivo, se dispor como brincalhão, carregado de ilusionismo chegando a ser suave, um brilho irônico, e ao final você se encontra com um vácuo sem fim, atado a alguma coisa perdida, não conseguindo razão enquanto chora e respira pesado, sentido um nó que te cabe como uma gravata bem laçada e apertada ao pé do pescoço. Já lhe digo logo, chorar não lhe recupera um coração.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Foi pensando assim que eu cheguei ao meio termo conclusivo de que o amor entre dois seres é o mesmo que a junção de duas partes semelhantes de uma peça única, apenas em cada parte está disposta um conteúdo diferente, em cada uma existe algo que preenche de forma suficiente os espaços vagos que sobra do outro lado, se faz falta uma das peças, se alguma fica perdida, se quebra ou não se dispõe pela outra, esta então deixa lacunas de medidas inexatas. É assim que eu o imagino, o amor então seria a falta da ausência.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">O mal do ser humano então, o erro de tamanho não calculável seria ceder a alguém o gosto de amá-lo, não tendo a disposição real para que pudesse amparar tal fardo, não tendo a intenção verdadeira de amá-lo em retribuição.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; line-height: 115%;">Agora me torturo pensando, apesar dos pesares, apesar da forma com que interpreto as coisas, da fragilidade que adorna minha alma, sabendo dos riscos e possíveis racionais conseqüências, porque ainda me pego aqui? Assim, bestificado, abobado e largado, pelo mesmo motivo clichê de sempre, com pretensão esperançosa de viver historias bonitas sem enredos que me levem a um final vazio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Acho que preciso mesmo é ir além, expandir a mente, deixar algumas coisas, e buscar outras que nunca tive, preciso de uma vida nova, preciso ser melhor que isso tudo. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-16450689633226261952011-07-15T12:58:00.000-07:002011-07-15T21:20:13.516-07:00O avesso de mim.<div class="Sinespaciado" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjyEOx3rOJWsTNTCcc8KpudbY86QIkOmFMzf9kTzxD_0MdW9Fr8vULT8WcXbVgYHHkm9UJMBIZmukzIKMKjngFtZicBV63YrmTAh-tU5FWPOMiqSlNP42spJfM-0CVyAZrwNeuBUjhx_w/s1600/tumblr_ljry74Al081qixbc2o1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjyEOx3rOJWsTNTCcc8KpudbY86QIkOmFMzf9kTzxD_0MdW9Fr8vULT8WcXbVgYHHkm9UJMBIZmukzIKMKjngFtZicBV63YrmTAh-tU5FWPOMiqSlNP42spJfM-0CVyAZrwNeuBUjhx_w/s320/tumblr_ljry74Al081qixbc2o1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Quando escrevo é porque sinto vontade de lhe falar verbalmente.</span></div><div class="Sinespaciado" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Queria sentar-me mais chegado a você nestes dias mais frios e ter por fim como repouso para a cabeça seu colo macio, ou seu ombro seguro, ter suas mãos quentes e pesadas encontrando meus cabelos, minhas orelhas, meu pescoço, sentir enfim a carícia e o afago da delicadeza das pontas dos seus dedos, quase me tocando além físico, e eu enquanto isso fecho os olhos me perdendo do restante de todo um mundo vazio e complicado, premeditando um contexto que viria a seguir quando eu voltar a reabri-los, e balbuciar alguma coisa.</span></div><div class="Sinespaciado" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Minhas palavras empapadas de lamentação enquanto lhe escrevo, quase choram rios de sarcasmo, e tendem a sair modeladas ironicamente aos olhos dos que só querem ler contos de fadas abobados e irreais. Pobre dos inocentes que ainda não conhecem o desamor, o desencanto, o desprazer, eu a muito descobri que os cavalos brancos não trazem o que a gente realmente sonha em ter, e este sim é meu conto, um conto real e irônico, calculista e aflito, meio atordoado vou deixando o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Era uma vez” </i>pro final, pós aí um ponto. Sei bem que existe uma linha tênue que me corta ao meio, me parte em dois lados exatos e incomuns, imagine isso como o dia e a noite, a lua e o sol, o prazer e a dor, o racional e o ilógico, tudo isso se convergindo, entrando em combustão dentro de mim, esse linha tênue traça meu mundo, me envolve até o pescoço, e da um nó na garganta, agora deixo minha mente atirada a pensamentos quaisquer, perdida em um emaranhado de sensações, e enfim os meus sorrisos expandidos de canto a canto andam em paralelo com minhas lágrimas, um em cada parte dividida de mim, um bom, um ruim, um quente, um frio, o doce e outro amargo, e quando se cruzam, se unem, e se complicam, assim então posso às vezes chorar de alegria, ou ainda rir da tristeza. </span></div><div class="Sinespaciado" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"> Hoje eu escolhi sair, tomar um café e sentir-me mal, sei que vou estar pesado, arfando quente entre um trago e outro, meus ombros vão estar mais caídos, e meu cabelo não vai estar tão arrumado, e nem minhas roupas tão bem cairão como antes, pretendo deixar a barba crescer, em dias assim escolho estar mais largado, em dias assim escolho, na verdade imponho e prefiro me sentir carente, sozinho, melhor ou digamos pior que isso é sofrer de amor, é sentir desamor, talvez amanha eu seja um hipócrita sorridente.</span></div><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; line-height: 115%;"> Mas hoje não, hoje eu escolho tomar um café, fumar um cigarro, e ficar assim, sozinho, e se amanhã sentir vontade, volto a lhe escrever.</span><br />
<br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">" Se o amor quer me deixar, me deixe num domingo, eu não vou reclamar, posso até achar que ficar só é lindo. " <span style="font-size: xx-small;">(Maria Bethânia/Roque Ferreira)</span></span>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-77714769561529366792011-07-14T15:21:00.001-07:002011-07-15T13:03:58.627-07:00Antes de tentar dormir.<div class="MsoNoSpacing"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsr-gB_M-yV3GCWKWqgI3acJN8HozekVhCwPmufm5lVrsIhGbLLO7Cpi50JDT2PJcF4AzwfZPXqC2UXCuKReNmM0ydOIMy_B36OEwIxNABxPbolHscXOBPLAdHHP58Oyk0OT8RE3NTep4/s1600/tumblr_loc5enJXp91qi3u7ho1_1280_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="174px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsr-gB_M-yV3GCWKWqgI3acJN8HozekVhCwPmufm5lVrsIhGbLLO7Cpi50JDT2PJcF4AzwfZPXqC2UXCuKReNmM0ydOIMy_B36OEwIxNABxPbolHscXOBPLAdHHP58Oyk0OT8RE3NTep4/s320/tumblr_loc5enJXp91qi3u7ho1_1280_large.jpg" width="320px" /></a></div><span lang="PT-BR"><br />
</span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Guardou?</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Guardei.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Onde esta?</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Em algum lugar por aqui, não sei dizer exatamente onde coloquei.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Mas pelo menos me diga se ainda o guarda de verdade? Isso você deve saber.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Sim, ainda esta comigo.<br />
<strong>- Pretende devolvê-lo?</strong></span></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Talvez em outra hora.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Que horas são?</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Deve ser quase meia noite, por quê? Onde esta seu relógio? Quer ir embora?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Só queria saber, desmontei meu relógio e agora não consigo dormir.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Porque fez isso?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- O tempo não esta fazendo sentindo, prefiro não tentar entendê-lo, nem acompanhá-lo.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Então tente dormir, amanha tudo passa.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Já disse que não consigo.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Então me diz no que esta pensando?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Estou tentando compreender o que estou sentindo, mas é difícil, parece um sonho. </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Você esta chorando? </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Não, hoje não. </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- E porque não chora?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Não tenho mais lagrimas.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Quer as minhas emprestadas? </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Talvez mais tarde, agora tenho mesmo é que sorrir.</strong></span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- E porque não esta sorrindo?</span></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Porque você me parece triste hoje.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Entendo, mas talvez possamos tentar juntos.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Sim podemos tentar, mas pode ser mais tarde?</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Sim, é claro que pode.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Que horas são?</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Não sei.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Olhe no seu relógio.</strong></span></span><br />
<span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Eu acabei de tirá-lo.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Por quê? </strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Não quero saber do tempo também, vou arriscar chegar atrasado. <br />
<strong>- E você têm medo disso?</strong></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Talvez, mas é o que me resta.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Entendo. (Sorrisos) Também tenho medo, mas não hoje.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Porque não hoje? Porque esta sorrindo agora?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Lembrei que você esta aqui hoje.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Isso te deixa feliz?</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Sim, isso me deixa feliz. Mas agora tenho que ir embora.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Mas você volta? </span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Talvez. Só se você estiver aqui</strong>.</span></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Até.</span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><strong>- Até.</strong></span></div><div class="MsoNoSpacing"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- .</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-23848773692395594782011-07-12T07:00:00.000-07:002011-07-15T13:04:59.089-07:00Bom dia, enfim são 11 horas.<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3V9faikSCDcmKwQVSGRcFfpkr-Jvk-mptPF6q4dj_eH2zJu0NnMbOYfJSxq2C9MkQFvEn9AhpaarQVM0-JeLfmAmqkVyjMccpcn_zqODYJhYYAPlMi_ff6yJoCdVQaESzkQ8OlaHz-AE/s1600/tumblr_lgdlojHrQ91qgjwtno1_400_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3V9faikSCDcmKwQVSGRcFfpkr-Jvk-mptPF6q4dj_eH2zJu0NnMbOYfJSxq2C9MkQFvEn9AhpaarQVM0-JeLfmAmqkVyjMccpcn_zqODYJhYYAPlMi_ff6yJoCdVQaESzkQ8OlaHz-AE/s320/tumblr_lgdlojHrQ91qgjwtno1_400_large.jpg" width="320px" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">É tentando me encontrar que me perco mais ainda.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Já reparou as horas? Parece que meu relógio se transformou em um objeto de tortura, os segundos se resumem nas horas tardias e arrastadas, é agoniante.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Queria eu poder não temer o que cresce em mim gradativamente, ou simplesmente deixar de lado o que me entristece, o que me dói, achei que fosse diferente pós uma cura tardia do que vivi outrora, mas sei que não posso arrancar-me “isto”, não agora, assim como não posso tirar-me os braços, o coração, a cabeça.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Digo que “aquilo” esta mais impreguinado em meu corpo do que a nicotina dos últimos dias.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Você esta bem? Sua voz esta mais fraca, esta mansa, triste.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Ao decorrer destes tempos pálidos, de dias pesados e melancólicos, vou usando de artimanhas para trapacear nos joguinhos que minha mente insiste em te deixar ganhar. Vou tentar então levar meu pensamento a qualquer lugar em que você não tenha vez, nem faça morada, que não tenha vestígio de gosto ou cheiro seu, no momento é necessário deixar de ouvir algumas canções.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> O que tenho aqui são minhas palavras, mais frias e secas do que o clima atual, embebidas em qualquer salvação viciosa, elas são meu abrigo, meu refúgio, meu conforto pessoal e intransferível, não substituem nosso dialogo, mas é melhor do que o nada.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Está sentindo frio? Quer meu casaco? deve ter o perfume meu e seu misturado de quando o usei antes ontem se não se importa, não tive tempo de lavar algumas coisas.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Julho nunca foi tão frio, e minhas noites nunca foram tão longas e lúcidas, eu queria sonhar, mas o que tenho é só um enredo fatigado de um filme mal acabado, os personagens parecem mesmo mimicos, tantas espressões de um mundo colorido pelo sol se reduzindo ao mínimo para um cotidiano pardo e mudo, meus olhos não querem se fechar e nem meu peito aquietar.</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Escute o vácuo que fica neste silêncio, você tem medo? Eu tenho!</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Não me lembrava como era sentir “isso”, não vou nomear, vou deixar essas colocações pra último caso, acreditar até os segundos finais no que ainda existe, e cultivar, colher ou não cabe ao acaso, ao futuro, ao destino.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Ainda lhe tenho palavras a serem destrinchadas, largadas, soltas saltitantes, elas querem sair, insistem, gritam sufocadas dentro de mim. Vou deixar palavras imprecisas ou exatas ao me expressar em um bilhete qualquer, deixar sempre meio rabiscadas, borradas, subtendidas, ou manter guardadas para que sejam só nossas.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Ainda lhe guardo no meu dia a dia, no meu intimo, no meu físico, e em uma caixa no meu guarda roupa. Nossa vida agora em preto e branco sempre vai me lembrar filmes franceses de enredo dramático, mas de final feliz.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - O tempo agora insiste em tardar a passar, percebe o quanto ele é precioso agora?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Enfim, deixa pra mais tarde.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Dois capuchinos com creme, açúcar e com afeto, por favor.</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-22204405103638745992011-07-11T07:45:00.000-07:002011-07-15T13:20:25.604-07:00O primeiro do dia<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvSDfhH0y86eFg5jeRmCV2_zaPiHkCs90p5N9IaWWMzOUX7QY86U4wizXgg4i7a6VDMRymlyzoXmSd66QZ6cD9eBJcgzNps3JMqt2Tynr9R3g06qafI9v4yzn8jfom7OEi6abHsU3Jmw/s1600/tumblr_lkdi76h0ro1qdqdflo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvSDfhH0y86eFg5jeRmCV2_zaPiHkCs90p5N9IaWWMzOUX7QY86U4wizXgg4i7a6VDMRymlyzoXmSd66QZ6cD9eBJcgzNps3JMqt2Tynr9R3g06qafI9v4yzn8jfom7OEi6abHsU3Jmw/s320/tumblr_lkdi76h0ro1qdqdflo1_500_large.jpg" width="320px" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Acordei meio amargo, ou seria meio amargurado?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Definir o que sinto pelas manhãs enquanto vou trabalhar não é algo tão simples, o sono não me deixa pensar livremente em definições, meu corpo não reage aos impulsos que o cérebro tenta emitir de imediato, eu queria mesmo era estar dormindo, pesado, sem sonhar, jogado de qualquer forma meio desmaiado envolto no meu quarto quente, vazio e escuro.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Infelizmente digo agora meio com cara amassada e cabelo aranzel, meio lúcido “bom dia” a mim mesmo no espelho enjoado, depois de uma copada amarga e escura de goles rápidos vou transportando meu corpo entre um passo e outro, procurando equilibrar-me entre os meados de faces fadigadas, atrasadas, desesperadas por mais um final de semana, sacos de batatas perambulantes, é cada um por si, e pra ser mais sincero todos parecem estar de ressaca, menos eu, é claro que de mim eu tinha plena certeza. Boca seca, corpo abatido, ombros caídos, sentindo o frio arder nas bochechas, fui trocando as pernas e arrastando os pés formigantes até o primeiro botequim visível, este pelas sete e uns meados já pingado por vagabundos em busca da primeira refeição matinal, maldita pinga, me fez lembrar a noite anterior, ainda sinto tremeliques só de pensar em garrafas, não quero voltar a discutir o relacionamento entre eu e meu estômago. Lá tinha café, melhor dizendo "chafé", também tinha mosquitos, em um ambiente "daqueles" é melhor evitar a ânsia e permanecer na azia do dia, nem dei muita importância, queria mesmo era um cigarro, espero que aqueles dedos rachados e amarelos nicotina não tenham tocado o filtro desses dois, pensei assim pra “reevitar” a ânsia. Em dias frios assim, pós finais de semana aburridos, salvos por jogatinas, álcool e nicotina, sem pegação, (parece mais um filme francês filmado no sertão, devo estar com cara de cangaceiro “ressaquiado” indo buscar a próxima quinquilharia de cada dia), é sempre bom tomar um café de verdade, amargo, escuro, forte, daquele bom pra ressaca, bom pro sono, bom pra você se sentir confuso quanto quem é mais amargo, você o dia ou o café.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> De volta à lamentação da caminhada pensando na labuta que viria a seguir, fui deixando para traz um caminho de fumaça, alguns vagabundos maltratados, meio moribundos, aburridos com a vidinha desgastante tentando afogar as magoas no vadio ambiente, um sol mirradinho que tentava aquecer, mas não conseguia, tentativas frustradas, a minha, a dos vagabundos e a do sol. Queria mesmo era dormir, mas enfim, melhor perder mais uns minutos com outro cigarro enquanto me arrasto indignado pelo resto do caminho.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-10840424247271206312011-07-10T18:52:00.000-07:002011-07-15T13:19:55.257-07:00Se quer meu conselho, permita-se.<div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMThuucymCjjaZr7jH5F9P1SbL6-loygPyNQJInPZxB-F4aWaLE0xz5EWZIF3Rq6jAjQHpn9by1-s4lWhvhsjRqGb1xF7jVVhzumRJCV2-gd2BMiWhS95n3eGsBAhyphenhyphenTbf-X1xFhsAft7Q/s1600/tumblr_lm2jx1wJpe1qfqihxo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><img border="0" height="184px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMThuucymCjjaZr7jH5F9P1SbL6-loygPyNQJInPZxB-F4aWaLE0xz5EWZIF3Rq6jAjQHpn9by1-s4lWhvhsjRqGb1xF7jVVhzumRJCV2-gd2BMiWhS95n3eGsBAhyphenhyphenTbf-X1xFhsAft7Q/s320/tumblr_lm2jx1wJpe1qfqihxo1_500_large.jpg" width="320px" /></span></a></div><span lang="PT-BR"><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span></span><br />
<span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> </span><br />
<br />
</div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Espero terminar meu dia podendo sorrir.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Sem que seja de maneira forçada, forjada para disfarçar o que eu realmente estou sentindo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Quero dormir tranqüilo, afagado, sem esse aperto que me sufoca, sem essas lágrimas que tendem a turvar minhas vistas enquanto lhe escrevo, quero terminar este dia estando seguro que amanha tudo será melhor que hoje, seguro que tenho motivo pra estar aqui.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Penso muito em desistir, deixar de lado agora que ainda novo é esse gostar, pois se me sinto incapaz agora, como será mais tarde, quando o “gostar” for maior que eu mesmo?</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Penso em deixar que devagar a angústia, velha amiga de outros tempos, mesmo que pequena no momento, pois esta abafada por outras emoções, vá corroendo gradativamente essas teorias abobadas que discutimos sobre o coração, teorias que por demais divergências temáticas só nos servem mesmo para dar nome às dores emocionais. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Que ao final só ela esteja aqui, seria mais fácil despedir assim. Às vezes acredito firmemente que se estiver só estarei mais seguro.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">O vazio que habitava aqui outrora, e que por momento não se fazia presente por que você esta aqui, e isto a mim basta, basta mais que tudo definitivamente digo, vai me envolvendo na estranha dramatização de um fim sem começo, ou do começo de um fim, mesmo que esse fim eu não tenha escrito em meu roteiro de vida.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Sinto que te ganhar é tão fácil quanto lhe perder, saiba que pra mim não é fácil estar aqui, mas eu estou, e faço questão de ser presente. Eu me perco rápido, tão fácil quanto você me ganhas, e ao contrario de você, eu tardo a me encontrar a me recompor.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Talvez eu tenha perdido tempo demais preocupado em reerguer outras pessoas, esquecendo de aprender a usar tal artifício em bem próprio.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Eu tenho medo, medo de pensar, de me entregar, tenho medo de ter certezas, de acreditar. Devagar me assombro, me corrompo, me degrado, lamento o outro dia ainda atordoado pelo efeito do álcool barato, da nicotina, e do beijo que me disseram inocentemente que compartilhei.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Preciso aprender a me entregar sem me perder, viver e arriscar, amar sem te temer, confiar, acreditar, saber sonhar acordado, sabendo que o real faz parte dos sonhos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Sinto o tempo tão demorado, arrastado, e ao mesmo tempo tão curto, a cada minuto sinto-me mais distante daqui, minha mente vai se afastando devagarzinho, se arrastando melancolicamente, deixando pardo, amarelado e esquecido detalhes que já foram perdidos de certo modo, detalhes que eu queria que fossem só meus, mas que eu compartilhava mesmo sem saber, sem querer. A mim o desapego não cabe como algo instantâneo, tem que ser aos poucos, tem que ser fragmentado, tem que ser doloroso e amargo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Viver imediatamente, sofrer gradativamente, amar definitivamente, e morrer instantaneamente, deveria ser fácil, tão fácil quanto chorar.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Estou aqui, atado a algo que tenho pouca idéia do que é, e que nem sei se tenho realmente, mas estou aqui, ainda. Porque quando fecho os olhos e te sinto próximo idealizo somente o real, o que pude tocar, sentir, ver, escutar, idealizo o que vivi, é por ter vivido isso, e querer ter muito mais do que tenho em mãos é que estou aqui agora. Até quando não sei, talvez até a força que você pensa que eu tenho se esgotar, força que na verdade jamais tive. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Muralhas não são construídas sem motivo, fiz em mim há muito tempo uma imensamente grande, uma que impedia que eu sentisse outra vez o frio que faz o vazio citado tantas outras vezes, enquanto te contava meus segredos, deveria ter a deixado erguida, pelo menos por um pouco mais de tempo, não que eu não queira sentir o que sinto, pelo contrario, eu quero, mas o temo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Só estou confuso, triste, perdido em emaranhados de pensamentos e sensações que não consigo entender e nem me desprender, quanto mais tento me encontrar, concentrar-me em algo, me vejo mais perdido e envolvido em você.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Não me peça pra esperar sozinho, ter calma, ou pra compreender relativamente rápido tudo o que existe aqui, posso fazer o máximo, mas não posso com tudo. Todo mundo necessita atenção, e desatenção pra mim é desamor, é desgostar, é falar de algo que somente existe na imaginação, e pra mim não basta só imaginar, sou de carne, sou físico, e me faz falta sua presença. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Ninguém se sente mais aliviado e sossegado sendo assim tudo tão vago, alguns só irão entender entender se sentir como me sinto. Só te peço depois de ler esta que não fique calado quando lhe indagarem, pois o silêncio é perturbador, ele fere, nos faz ficar perdidos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> </span></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">“Mais do que um simples querer,</span></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Mais do que um simples gostar,</span></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Mais do que ontem, menos que amanhã,</span></div><div align="center" class="MsoNoSpacing" style="text-align: center;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Eu sei o que sinto, e o que sinto é grande”</span><br />
<span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-67635293388174240112011-07-10T17:47:00.000-07:002011-07-15T13:30:09.228-07:00Pra repensar.<div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"> <span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">E nas ruas que antes secas e estridentes, onde nadavam outrora em um mar de poeira, agora se via o restolho suburbano, indagando lamentavelmente, aburridos de suas vidas mesquinhas.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Logo ali, mais a frente, onde as vistas custam a enxergar, escorregadios na enxurrada imunda das gotas escassas que caiam do céu triste e carregado que ainda ontem fora voraz e medonho se esbaldavam gatos pardos atrás de ratos fartos que futricavam entre os trapos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Eu via da janela. Eu via a vida.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Ainda me arrepiam os assobios tristonhos do vento que adentravam minha sala úmida e fria, e os estrondosos trov<span class="apple-style-span"><span style="color: black;">õ</span></span>es, os trov<span class="apple-style-span"><span style="color: black;">õ</span></span>es que tilintavam a louça na prateleira, abastecendo ainda mais a sinfonia do medo que pairava por ali.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Minha prateleira, herdada de minha avó, que herdara também de sua avó, capengava ali no cantinho, solitária e empoeirada, tão mais triste que minha poltrona velha e rasgada, cor de mofo, creio que outrora ela fora verde seco.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Agora lá do lado de fora a moça do vestido dégradé, quase cinza, que outrora penso ter sido branco ou de um bege clarinho, entregava pães quentes a esposa loira e peituda de seu amante velho e gordo e rico.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Eu via.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Essa tal moça peituda, ainda pouco se via em um cabaré, rodeado de outras tantas meretrizes, fartando-se de uísque quente e cigarros bancados por magnatas que ali deixavam herdeiros bastardos, que depois mais grandinhos faziam sua própria vida assaltando os ricos pais e moribundos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Eu via a vida. Nua e crua naquela época... Mais nua do que crua!</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - O marido? Esse era um banqueiro fedido e gordo que só de bom tinha o dinheiro, desviado do banco por sinal, fumando seu cachimbo negro reluzente, e de forma escrota coçava o saco vagarosamente indiciando que a noite pra sorrateira senhorita dos pães, que lhe fitava descaradamente, que sua noite ia ser longa, mas bem lucrativa, já que era ele que lhe pagava o pensionato, para ela e seu irmão mais novo, com seus vinte e poucos anos.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Mais adiante na esquina, onde o sol sempre caia cansado de olhar para aquele lugar, sentada na varanda de madeira oca e esfarinhada pelos longos anos de cupins, estavam duas senhoras, uma crente e outra fervorosa, com seus peitos caídos, e vestidos estampados, de nariz empinado, cochichando sem notar o rapaz a reparar as indecências que falavam.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> O rapaz engomadinho, talvez de uma delas fosse o sobrinho, esse ainda pouco era um moleque, agora de pileque ia com alguém se encontrar, a velha mais fofoqueira, disse outra asneira dando tempo dele a escutar.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> “- Ele não perde um rabo de saia.”</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Se bem soubesse a velha senhora, com quem o rapaz namora, nada ia comentar, apressadinho ao pensionato o rapaz se adentrada, ao quarto da moça dos pães foste bater. Um minuto depois...</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> - Eu vi quem foi atender, mas prefiro não comentar, você vai ficar a imaginar.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Desviando o olhar agora, encarando a vidraça mais a frente, pude notar um velho a balbuciar palavras descontentes, resmungos incoerentes sobre a vida agitada daquele lugar, se bem lúcido estou ainda a reparar, pensei em acreditar ter um irmão gêmeo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="color: #545454; font-family: Calibri, sans-serif; line-height: 22px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> -Eu o vi olhando pra mim.</span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5814161793707674645.post-4788905413061973862011-07-10T17:32:00.000-07:002011-07-15T13:33:11.305-07:00Pra me conhecer melhor,<div class="MsoNoSpacing"></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZo2zaP5oIiZ_8T7_OaY3-MsdSYTKGmIwJDT5ZHuiaoiXE-s2adyeA60ekKpETSZ_Dyh0tyWyaVEeRz6J8Ncl1bMavHJdLReDw6J9S2XqiOfBqZYZbGgR2JitmYxNWN4YgfrmrMgvr7w/s1600/Sin+tÃtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcZo2zaP5oIiZ_8T7_OaY3-MsdSYTKGmIwJDT5ZHuiaoiXE-s2adyeA60ekKpETSZ_Dyh0tyWyaVEeRz6J8Ncl1bMavHJdLReDw6J9S2XqiOfBqZYZbGgR2JitmYxNWN4YgfrmrMgvr7w/s1600/Sin+t%25C3%25ADtulo.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div> <span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">- Como começar um Blog? </span></div><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Ou melhor, recomeçar seria uma melhor colocação já que tentativas frustradas estão por ai, em algum lugar da obscura internet.</span></div><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"></span><br />
<div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Bem digamos que planejo escrever a dias, mas estou com preguiça, mas enfim eu também estou com mega olheiras e usar óculos escuros me cansa, estou mega pálido e odeio o puto sol, estou mais boêmio que ontem, e menos sensível que amanha, acho mesmo é que preciso de uma boa noite de sono, na verdade preciso de muitas outras coisas, mas dormir até então é o menos difícil a se fazer. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Enfim, queria escrever sobre a vida, mas tenho 22 anos de histórias complicadas e contraditórias, que talvez não sejam tão interessantes ao ponto de sentir vontade de ler, talvez a forma com que eu coloque as situações, sejam confusas pra alguns, chatas pra outros, ou quem sabe você e eu sejamos mais semelhantes do que pensamos ser, ai pode ser que você chore enquanto estiver lendo.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Não suicidem caso seja muito ruim, ou se algum texto meu lhe despertar algo que você procurou esconder no seu subconsciente, a vida é uma bunda suja, mas a gente sempre limpa ela.</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR" style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> Vamos beber, fumar, dançar, comemorar os dias menos ruins, fazer cócegas em alguém esperando ver sorrisos involuntários, vamos respirar mais fundo, trocar lagrimas por sorrisos, expandir a mente, ultrapassar os incultos, vamos viver um dia de cada vez, vagarosamente, curtindo os detalhes, imaginar que o amanha talvez não exista. </span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"><br />
</span></div><div class="MsoNoSpacing" style="text-align: justify;"><span lang="PT-BR"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;"> <em>- Um abraçado apertado a quem quiser se sentir abraçado.</em> <span class="Apple-style-span" style="font-size: 13pt;"></span></span></span></div>Rafael Augustohttp://www.blogger.com/profile/07596008298992115844noreply@blogger.com0